Vivi a maior parte desses meses engajado em comissões de moradores em Queluz e numa comissão de trabalhadores na empresa onde estava ( e estive em tantas...) e posso falar daquilo que vivi sem recorrer a nenhuma ficção romanceada.
Aquilo que mataram no 25 de Novembro de 1975 não foi o "perigo comunista". MATARAM O "PODER POPULAR" que queria dizer: As pessoas organizarem-se para resolver os seus problemas.
Há dias, um companheiro fez-me chegar às mãos um documento histórico do que falo. Não é que me emocionei do que li? Não é que dei por mim a dar o devido valor àquilo que em tempos de algum "esquerdismo" pensava ser "formas atrasadas de luta"?
Aqui fica um contributo para tentar desmascarar alguns que continuam a mentir sobre o que de facto se passou.
Obrigado Zé pelo documento. Obrigado a todos os anónimos que o redigiram com tanto empenhamento.
Uma saudação especial àqueles que viram as suas vdas destruídas pela perseguição que lhes fizeram após a "normalização democrática".
NOTA FINAL:
Aqui fica um documento que ilustra a "anarquia" e o "caos" que se viveram naqueles felizes meses entre 25 de Abril de 1974 e 24 de Novembro de 1975. Cometeram-se muitos erros inevitáveis a um processo desta dimensão mas o saldo poderia ter sido muito positivo.
Não foram precisas Troikas para solucionar muitos dos problemas gerados por mais de 50 anos de Fascismo.
Para quem quiser aprofundar deixo a seguir um link para um texto muito completo sobre o tema: