7 de novembro de 2007

“Palhaços” um trauma infantil

Há dois dias para cá tenho vindo a recordar alguma ansiedade que sentia quando era puto e ia ao circo ver os palhaços.
Primeiro porque não gostava de ver o palhaço rico sempre a “humilhar” o palhaço pobre e depois, principalmente, porque quase sempre não achava grande piada aos repetitivos truques a que as várias “parelhas” recorriam e que pareciam passadas a papel químico.
Na altura não me apercebia da miséria que estava encoberta naqueles sorrisos de palhaços de circo pobre.
Para mais vivi a minha meninice na terra onde morava o “Anhuca”...

Tudo isto a propósito da discussão do Orçamento Geral de Estado iniciado ontem na Assembleia da República.
Estive para ir lá porque estava criado um clima mediático muito forte e uma enorme expectativa em relação ao desempenho duma velha “parelha” da nossa praça.
Afinal ainda bem que não fui, porque segundo dizem para aí, o espectáculo foi pobre (como era de esperar) e nem sequer para rir deu.
Ainda bem, assim acho que não agravei o meu velho trauma de não achar graça aos “palhaços” sem qualquer ofensa para os dignos profissionais do circo.