21 de fevereiro de 2006

A gestão centrada no ódio

A nova vaga instalada no poder centra o seu pensamento desta forma:

-O cidadão quando nasce dá muitas despesas;
-O cidadão para se educar custa muito caro;
-O cidadão quando entra no mercado de trabalho onera os custos de produção;
-O cidadão é malandro porque foge aos impostos;
-O cidadão quando se reforma põe em causa a sustentabilidade da Segurança Social;
-O cidadão quando adoece sobrecarrega os encargos do Serviço Nacional de Saúde;
-O cidadão está cada vez a viver mais tempo e isso é um custo adicional para o Estado;

Como eu vejo estes "problemas":

-O cidadão quando nasce inicia-se no sofrimento dos maus serviços de saúde;
-O cidadão é educado para produzir mais valias para o futuro patrão em vez de aprender a ser feliz e ser útil à comunidade;
-O cidadão no mundo do trabalho aprende a: Subir a corda a pulso, a desenrascar-se à sua custa, a defender-se das feras que o rodeiam e a trabalhar "baratinho" para não perder o seu posto de trabalho;
-O cidadão é sobrecarregado com impostos que lhe comem o magro rendimento sem obter o retorno devido;
-O cidadão (hoje) quando chega aos 40 anos já está velho para trabalhar e novo para se reformar. O patrão com o seu ordenado consegue pagar a 2 novos cidadãos prontos para esfolar;
-O cidadão quando fica doente é atirado para os hospitais SA ou EP (são tudo a mesma coisa) onde lhe tratam da saúde na óptica do lucro com prémios de produção para os médicos. Se for resistente escapa, se não tem a liberdade de morrer...;
-O cidadão mais velho é olhado com inveja porque o tal direito à vida que alguns andam para aí­ a defender é uma treta. O método que a canalha utiliza já é velho: Pôr os novos contra os velhos, dividir para reinar e principalmente alimentar a ignorância colectiva.