11 de outubro de 2025

"Não sei do que é que se trata, mas não concordo"!

 Na minha “reflexão” eleitoral autárquica, socorri-me desta constatação reproduzida numa recente música do Vitorino.
De facto quando existem mais “clientes” do que fregueses não creio que alguma coisa de substancial vá mudar. Já lá vão mais de 50 anos de práticas “representativas” através de clientelas que nos conduziram a um clima de insatisfação quase generalizada e à criação dum espaço corruptível entre o privado e o público que se vai ampliando à medida que se sobe a escada do poder local, municipal e nacional.

Não acredito nesta organização social de clientes organizados em grupos “políticos” que disputam entre si interesses e mordomias. Não é comparável com o que se passou em 1974-75, onde o poder estava na comunidade e era nela que se resolviam os problemas.
Foi  muito pouco chão que deu uvas porque ali à esquina já espreitava o 25 de Novembro de 75, normalizador e que nos conduziu aos dias de hoje com o fascismo de novo à espreita.

Sim, vou votar, porque esse pequenino poder os algozes não me tiram. Quanto ao resto como diz a cantiga do Vitorino: “Não sei do que é que se trata, mas não concordo”...




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