18 de julho de 2016

30 de junho de 2016

Mudar só para melhor...

Dei comigo hoje a pensar que há uns anos atrás se houvesse Facebook ou Google+ estaria a pôr uma foto do meu novo local de trabalho, se isso não trouxesse chatices...

Como, graças aos restos do Estado Social, hoje posso enviar fotos do meu mais recente local de lazer fico satisfeito.

Uma dica aos que ainda estão na vida activa: Não vão nos "Cantos de Sereia" de alguns energúmenos que por aí andam e defendam os VOSSOS DIREITOS com unhas e dentes.
Infelizmente sinto-me privilegiado em relação a muitos tal é a situação a que chegámos.

Quem trabalhou e chegou à idade de reforma não precisa de caridades nem de boas vontades. Basta receber as contrapartidas a que tem direito para continuar a viver com dignidade e não depender  de terceiros.

Bem... Deixa-me mas é perder-me no horizonte e gozar esta paz! 


9 de dezembro de 2015

Recordar o "Xeque-Mate" - Sesimbra

Estas coisas ou se fazem logo ou então ficamos pelas intenções... Por isso aqui vai ficar este registo muito especial.
No passado sábado, 14 de Novembro, estive com o meu amigo Reinaldo Nunes, na sede da G.R.E.S. Trepa no Coqueiro em Sesimbra para recordarmos aquelas fantásticas noites de samba, bossa e chorinho, vividas nos anos 80, na então "Catedral do Samba" chamada "Xeque-Mate", na falésia Sesimbrense.

As noites começavam invariavelmente com o "Saque Trio": Reinaldo Nunes no violão e voz, Nélinho nas percussões (tumbadoras, pandeiro e outros) e eu  (Jaime) na viola baixo, mas às tantas juntavam-se espontaneamente inúmeros percussionistas das baterias das escolas de samba sesimbrenses. Recordo-me de alguns: Eduardo Maia, Paulo (o chinês), Mário Rui, Abdul, Zé Manel (Strogoff), Freitas... etc.
Era um espectáculo pela noite fora com casa sempre cheia, onde às vezes os criativos "bar-man", Almeida e Joaquim Manuel, nem tinham espaço para preparar os cocktails esplendorosos com que brindavam a clientela.
   Da esquerda para a direita: "Mestre" Freitas, Armando, Nélinho (de costas), Reinaldo, Jaime e "Chinês".

Mais tarde, surge um brasileiro nordestino, "Dr." Morais, que era o rei do repique e tinha veia de letrista. Saravá Morais! onde quer que estejas. Grandes momentos vivemos com o impulsionador disto tudo, Reinaldo Nunes.

Confesso que aprendi muito com as harmonias da música brasileira. Eu, um seguidor dos Beatles, Beach Boys e tantos outros monstros do pop-rock, quando me apercebi das "voltas" da bossa e do chorinho, cresci tecnicamente como nunca. Não sendo nem de perto um músico de ofício, apenas conhecendo a escala do meu instrumento, aprendi a "desenrascar-me" na hora e criei a minha própria cifra que só eu entendo. Muitas vezes o Reinaldo olhava para mim e dizia: Jaime agora vamos tocar uma que nunca tocámos os dois... em Am! e lá saía eu na perseguição da harmonia que às vezes não era para brincadeiras. Saravá Reinaldo! Companheiro de acordes e de bem cantar, o português mais brasileiro de Portugal, como eu costumava dizer por graça mas com fundo de verdade. De facto o Reinaldo sabe mais da História da Música do Brasil do que muitos brasileiros. Também por essa razão, em 1988, teve o privilégio de desfilar na Escola de Samba do Salgueiro, em pleno sambódromo no Rio de Janeiro.
Uma formação invulgar. Da esquerda para a direita: Jaime no baixo, Armando (irmão do Reinaldo) no violão cantando, Reinaldo nas tumbadoras, Freitas no surdo e Nélinho no pandeiro.

Em 1989 eu e a minha eterna namorada desfilámos no "Trepa no Coqueiro". Eu na bateria ela na ala das baianas. O samba-enredo tinha por título "Minha Língua é Minha Pátria". Jamais esquecerei essa vibrante experiência. Quando o desfile acabou caiu uma carga de água. No Rio de Janeiro só se fosse de cachaça!
 Isabel
 Jaime

Em 2015 o Reinaldo convidou-me para fazermos uma "viagem" àqueles tempos em duo, e assim foi.
Até as mesinhas do "Xeque-Mate" apareceram e a animação foi muito boa. Um reencontro de alguns amigos e amigas.
Reinaldo Nunes e Jaime Pereira
O Reinaldo envergava orgulhosamente uma camiseta dos "Diamantes Negros" (Sintra) porque ele também foi um Diamante.

Dedico este registo, que fica para a posteridade, ao Reinaldo, à Malinha e às meninas do casal Cláudia e Carolina, talentosas e muito queridas. Não posso esquecer os muitos amigos e amigas Sesimbrenses com quem passei tantos carnavais divertidos em que nos deitávamos muito cedo... Lá para as 9 da manhã!

Um momento da actuação

E como era tradição o tema final pelo mestre e amigos:




S-A-R-A-V-Á!



3 de outubro de 2015

Mais uma vez...

Venho por este meio, mais uma vez, desquitar qualquer responsabilidade nos resultados eleitorais que se irão apurar no domingo, caso se confirme a catástrofe anunciada pelas "sondagens".
Para não haver dúvidas, revelo que o meu voto vai para o Bloco de Esquerda contra a direita e o centro que têm lançado este país  na miséria vai para mais de 40 anos.
Para os senhores do P$ vai a minha indiferença relembrando-lhes que os votos nos "pequenos partidos" valem muito mais que os votos em quem não quer romper com a direita, o capitalismo e a tirania financeira da "Europa da ladroagem".
"Socialismo de chapéu de coco" já não existe. Agora resta o "Blairismo", "Hollandismo" e outros renegados.

Para terminar: Não acredito, mesmo com truques, de uma votação viciada através do medo e da chantagem que as pessoas desistam de viver e aceitem o "fado" da desgraça e da inevitabilidade.

Tantos anos de sacrifício, tantos anos de luta, tantos companheiros sacrificados para terminarmos assim? Não é possível.
Esta gentalha que nos tem roubado nos últimos anos deverá ser corrida do poder e mais tarde julgada pelos crimes que cometeu.

Aos que dizem que não vão votar (muitos até vão e sabe-se lá onde...) deixo-lhes um aviso: Depois não venham reclamar se não quiserem optar. Tenham vergonha!

Chega!
Num país que tem um presidente que se recusa a estar presente (pelo menos) à comemoração da implantação da República, não vale mesmo a pena perder mais tempo...