Reflexão do dia
Aí está o sistema em toda a sua plenitude: Futebol quanto baste, muita "RAÇA", e atirar os explorados uns contra os outros (teoria também conhecida por dividir para reinar...).
No essencial e na base do problema não se toca. As petrolíferas e os especuladores financeiros estão à rédea solta com a cobertura dos políticos corruptos e vendidos.
Junho, 6
Temos que EXIGIR um esclarecimento total e imediato!
Atendendo à oportunidade do assunto resolvi destacar um comentário enviado:
Todos estamos preocupados com o aumento incontrolado do preço dos combustíveis no mercado mundial. Mas não nos confundamos: os portugueses com mais razões que os restantes europeus. Senão vejamos:
1 – Apesar de termos dos custos salariais mais baixos, o preço sem impostos da Gasolina 95 (custo do petróleo + mais custo de refinação + margem de comercialização), em 19 de Maio passado, era o 8º mais alto da Europa dos 27 países (Expresso/Comissão Europeia). Porquê? Fraca produtividade da Galp, refinadora monopolista, má gestão da Galp nas compras do produto, margens mais altas que o devido, critérios especulativos na formação de preço? Não sei, ninguém me explicou. Sobre a última, já lá vamos.
2 – Não comento a carga fiscal. O governo entende que a não deve alterar e está no seu direito, no seguimento da sua política. No entanto, posso e devo contestar as suas opções estratégicas: precisamos de mais betão, para beneficiar meia dúzia de empresas influentes e beneficiárias ou, antes, necessitamos de não sufocar toda a restante economia e a classe média com o peso excessivo dos combustíveis nos seus custos e combater o alargamento do fosso entre ricos e pobres? A opção do governo é a primeira, a minha não! E não aceito conversa da treta do equilíbrio orçamental, que tem diferentes maneiras de ser atingido! Não contesto, no entanto. O lugar certo de avaliar é na mesa de voto, esperemos que os portugueses não se esqueçam.
3 – A Direcção Geral de Energia já nos remeteu para a Autoridade da Concorrência para resposta àquelas preocupações. A Autoridade da Concorrência, apesar das coincidências de aumentos no mesmo dia, com o mesmo valor de venda, etc. das principais companhias, demorou um mês a dizer-nos que está tudo no melhor dos mundos e não há cartelização, sem explicar os detalhes que acima exponho. Apesar de sabermos que a Galp é monopolista na refinação e maioritária na distribuição! Mas se o diz, tudo bem, assume as suas responsabilidades! Eu, no entanto, tenho, até prova em contrário, o direito de não confiar na Autoridade da Concorrência!
4 – Num recente artigo do economista Eugénio Rosa a que tive acesso, é dito que a Galp considera nas suas contas do preço à saída da refinaria, o preço do petróleo do mesmo dia da semana anterior (modificando o seu critério anterior de 1 mês antes ou quizena anterior), apesar de o mesmo ter sido adquirido 2,5 meses antes, o que, obviamente, inflaciona artificialmente o preço de custo e a margem de comercialização subsequente. Não tenho forma de validar este estudo mas, verificando o aumento de lucros efeito stock de 228,6% no 1º trimestre de 2008 relativamente ao trimestre homólogo, tenho, até prova em contrário, o direito de confiar no referido estudo!
5 – O Sr. Presidente da Galp, no mesmo dia do relatório da AdC (coincidência?) não explicou nenhuma destas dúvidas. Mas lamentou-se do efeito que o boicote tem tido no bom nome da marca Galp, ensinando-nos como é difícil criar e manter uma marca credível. Concordo em absoluto, mas, pela minha parte, rejeito responsabilidades: limitei-me, e continuarei a fazê-lo, a comprar e a recomendar a compra onde é mais barato, cumprindo o meu dever de cidadão cumpridor da lei da Concorrência. O desgaste da credibilidade da marca terá mais haver com o Sr. Presidente não nos esclarecer nas dúvidas acima e, portanto é da sua responsabilidade. Não adianta a Galp vitimizar-se: as vitímas serão os clientes se estiverem a pagar mais que o devido. Portanto, tenho, até prova em contrário, o direito de não confiar no que me diz o Sr. Presidente!
6 – Em desespero de causa, porque temos de confiar em alguém, lançaria um repto aos Auditores, Certificadores das contas e Fiscal Único da Galp, tanto quanto sei, Deloitte & Associados, SROC, SA, representada por António Marques Dias, para, se tal lhe for possível deontológicamente, nos esclarecer da validade técnica do “pricing” acima definido, de modo a não se verificarem idênticas dúvidas às relatadas na imprensa com a auditoria, feita por empresa concorrente igualmente conceituada, num banco comercial da nossa praça.
Francisco Costa Duarte
Junho, 2
Para imprimir e colocar no carro:

Maio, 29

Maio, 26
De súplicas e apelos está o inferno cheio!
O presidente da ANAREC suplicou e os revendedores lançam apelo ao senhor presidente para baixar o preço da gasolina...
Mas que estranho. Que eu saiba o senhor presidente faz parte do "sistema", porque raio havia ele de ir contra os seus próprios interesses?!...
Maio, 21
Publicado no Diário Económico On-Line de hoje:
"A Galp não define preços”
Perante a organização dos consumidores para um boicote ao consumo da gasolina da Galp, e a exigência dos próprios trabalhadores da empresa de esclarecimentos sobre os aumentos de preços, Ferreira de Oliveira respondeu que “a Galp Energia não define preços, seja do petróleo, das gasolinas, do gasóleo, do asfalto ou de outros produtos”. E acrescentou: “Quem tiver dúvidas, pergunte-nos, que nós ensinamos”, acrescentou.
Esta reacção de quem vem é reveladora de algum desespero e arrogância. O Sr. Ferreira de Oliveira se tivesse a verdade do seu lado não insinuaria, EXPLICARIA de imediato como é que a Galp não define preços. Fica lançado o repto.
Jaime Pereira
Maio, 20
Uma pergunta pertinente:
PORTUGUESES PAGAM COMBUSTÍVEIS EM DÓLARES OU EM EUROS?
Finalmente, ao 14.º aumento dos combustíveis em 2008 (em 122 dias, um em cada nove dias!) alguém começou a reagir. Desde os revendedores até ao ministro da Economia, passando por toda a comunicação social, com relevo para as televisões.
Mas, em meu entender, raros foram os que tocaram no âmago da questão.Que reside, muito simplesmente nisto: OS PORTUGUESES PAGAM OS COMBUSTÍVEIS EM EUROS - e não em dólares.Por isso, estamos a ser duplamente penalizados: primeiro pelo aumento do custo do petróleo (que é negociado em dólares); e depois pela valorização do Euro.
Um exemplo: em 2002, o barril de petróleo custava 63 dólares (USD), equivalente então a 70 € (1.00 € = 0.90 USD) e o litro de gasóleo custou-me (na bomba, no dia 3 de Março de 2002) 0,648 €.
Recentemente, no dia 3 de Março de 2008, o barril custava 100 USD, ou seja, agora, 66,6 €. Então porque é que paguei na bomba 1,234 € - praticamente o dobro de 2002?
Por isso, será importante centrar a discussão no câmbio das moedas e não noutros quaisquer parâmetros que, como é óbvio, não justificam tal evolução.
Diz-se que uma das razões do aumento do preço do petróleo é a desvalorização do dólar.Que culpa têm os Portugueses disso, se estão a pagar em moeda forte, neste caso o Euro?
Há que denunciar as gasolineiras pelo aproveitamento da situação, se é que não foram elas que a provocaram. E também que censurar o Governo, que se está a aproveitar de tudo isto para aumentar as suas receitas - e até teve a ousadia de alterar a fórmula de cálculo. E porque é que o Presidente da República, que se mantém estranhamente calado?
Espero que a Comunicação Social não cale a profunda indignação que começa a grassar, a avaliar pelos mails trocados nas últimas semanas."
Alberto Ribeiro Soares
P.S. A título de esclarecimento, junto um dos "mails" que ultimamente recebi e que ilustra bem a extorsão de que o Povo Português está a ser vítima:O preço do petróleo Fui informado recentemente que os preços de uns produtos químicos comercializados pela empresa onde trabalho iriam subir novamente devido à subida do preço do petróleo.
Todos os fins de semana meto gasolina no carro, e cada vez preciso de mais euros para comprar menos litros de Super-95. Dizem-me que é por causa do preço do petróleo.
Os industriais de panificação ameaçam com uma subida do preço do pão em cerca de 50%, devido à subida do preço do petróleo, que fez disparar o preço dos cereais.
Assim, fui à net buscar umas tabelas/imagens, comecei a fazer umas contas.

- Em 2000, um barril de petróleo custava 63USD, ou seja, 70.00€ (1.00Eur=0.90USD).
- Em 2008, um barril de petróleo custa 100USD, ou seja, 66.6€ (1.00Eur=1.520USD).
dados de 03.03.2008.
Gostava que me indicassem onde está a subida do preço do petróleo porque parece-me até que o petróleo esta a baixar em função do aumento do euro!
AS PETROLIFERAS COMEM TUDO!!! O ESTADO COLABORA E NÓS, PARVOS, PAGAMOS! ATÈ QUANDO?
Pois é, a publicidade é que lhes paga!... Meus compatriotas, os JORNALISTAS ESTAM FEITOS COM O SISTEMA, ELES QUE COSTUMAM DESCOBRIR AS VERDADES, ENTÃO E AGORA?
Este País está a precisar de novo de um 25 DE ABRIL...VAMOS Á LUTA.
Maio, 17
Já há algum tempo que este tema dos combustíveis ronda a nossa porta. Tal como os apitos ele cheira a coisas pouco claras para não dizer vigarices.
Cheguei a encaminhar para a Direcção Geral de Energia e Geologia uma informação que um antigo colega de trabalho me fez chegar e que tinha sido abordada no Fliscorno
Aquela direcção informou-me que "Em resposta ao seu e-mail informa-se que, na sequência da publicação da Portaria nº. 1423-F/2003, de 31 de Dezembro, os preços de venda ao público da gasolina sem chumbo I.O. 95, do gasóleo rodoviário e do gasóleo colorido e marcado ficaram submetidos ao regime de preços livres, pelo que a Administração Pública deixou de fixar os respectivos preços máximos, como até então.Nesta conformidade, cabe à Autoridade da Concorrência pronunciar-se sobre alguma eventual violação das Regras de Concorrência e/ou Abuso de Posição Dominante devidamente fundamentada."
Como já sabemos que esta autoridade tem-se farto de regular é altura de passarmos à acção.
Acabou-se a conversa. Vamos boicotar o cartel deixando de abastecer nas duas maiores gasolineiras (GALP e BP).
ESCLARECIMENTO: Não trabalhei, não sou accionista, nem sequer tenho sido cliente de outra qualquer gasolineira da nossa praça (por acaso até costumo abastecer nas duas já referidas por acreditar na melhor qualidade das mesmas).
É altura dos CONSUMIDORES PAGANTES de impostos injustos deixarem de encher os bolsos aos políticos e seus amigos do capital.
Se quiserem continuar a ser roubados então vão lá encher os depositozinhos que eles agradecem...
Passem palavra e não deixem cair esta iniciativa. Neste blog acreditamos que se uivarmos juntos ganharemos força para lhes ferrar o dente!